quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Aqui faz, aqui paga

Por William Faria da Costa

O estudante Peterson Souza da Silva tem 18 anos e mora na Rua 2, no Parque Alvorada. Já fez curso de informática e quer se tornar técnico de manutenção de microcomputador. É solteiro, protestante e flamenguista.

Acha que vai ganhar a máquina digital porque sua história é muito boa. Contou-a porque é a lembrança mais forte que tem de uma obra.

Bendita Sapata

Trabalhando um dia numa obra perto da minha casa, como sempre levando tudo na brincadeira, resolvi fazer uma pegadinha com meus amigos. Meu amigo Everton cavava uma sapata de mais ou menos um metro e vinte centímetros. A sapata ficava atrás da porta que daria entrada para a sala. Quando ele acabou de cavar a sapata, eu pensei: “vou simular uma queda.” Na maior “cara de pau”, executei meu plano e não deu outra. Todos que estavam na obra começaram a rir, pensando que eu tinha caído mesmo. Depois eu falei que tinha fingido e todo mundo ficou sem graça.

Meses depois, esqueci que tinha uma sapata atrás da porta. Quando estava caminhando pela obra, abri a porta para passar e então de fato levei uma queda. O destino me pregou uma peça. Ao cair, bati com a cabeça que ficou doendo por um bom tempo. E aí eu pensei: “como eu pude não me lembrar daquela bendita sapata?”

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